Colocar suas ideias no papel, em um plano de negócios, é o primeiro passo para transformar seu sonho de empreender em realidade. Esse documento inclui análises e planos que trazem mais segurança para o empreendimento, uma vez que você decide tirar a ideia do papel.
Todo negócio começa com um sonho: ser o dono do próprio negócio, colocar suas ideias em prática, conquistar a independência profissional e financeira… Mas entre um sonho e sua realização, com a empresa aberta, existe um caminho árduo, com bastante trabalho — um trabalho que começa bem antes do estabelecimento receber seu primeiro cliente.
Entre os desafios importantes para a abertura da empresa está o plano de negócios. Esse é um documento que registra toda a estratégia inicial da empresa, bem como os recursos necessários para, literalmente, tirar a ideia do papel. Pois é: para tirar suas ideias do papel, você primeiro precisa colocá-las nele.
Isso é essencial porque, por mais bem pensado que o negócio possa parecer na mente dos empreendedores, organizar as ideias em um plano de negócios é importante por vários motivos: ajuda a evitar erros comuns, diminui riscos, permite alocar os recursos de forma mais eficiente, além de ajudar você a se preparar para eventuais dificuldades.
Porém, você talvez já saiba de tudo isso, e esteja justamente pensando em como fazer seu plano de negócios. Em primeiro lugar, precisamos explicar que isso é mais simples do que a maioria das pessoas imagina, apesar de exigir bastante esforço e pesquisa. Além disso, é possível seguir um modelo de plano de negócio — como este que apresentamos a seguir, com sete passos. Leia o artigo e saiba como criar o seu!
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O que é um plano de negócios?
Um plano de negócios é, como o nome sugere, a descrição dos planos que você tem para viabilizar uma ideia para empreender. Afinal, mais do que apenas ter uma boa ideia, você precisa saber como executá-la e o que é necessário para isso.
Em suas diversas partes, o plano de negócios detalha todos esses pontos: você descreve os objetivos do negócio, como pretende alcançá-los, que obstáculos pode encontrar no meio do caminho e que recursos têm para vencer esses desafios. Como dissemos, por mais que você tenha uma ideia geral sobre isso tudo na cabeça, é essencial colocá-las no papel.
Isso porque um documento como esse ajuda a organizar suas ideias, para que você veja as coisas de forma mais clara, analise todos os pontos mais profundamente e, talvez, tenha outros pontos de vista sobre o assunto. É comum que você observe alguma oportunidade — ou ameaça — aos negócios, depois de revisitar suas ideias no papel.
Por que um plano de negócios é importante?
Um plano de negócios é importante para fundamentar suas decisões, mas não apenas por isso. Ele permite que você tenha mais certeza do caminho que está seguindo, já que é fácil se perder do seu objetivo inicial em meio à correria diária. Além disso, ele permite manter as expectativas alinhadas entre a equipe e os sócios, caso haja mais pessoas no negócio.
Dito isso, também é importante ponderar que o plano de negócio pode ser uma exigência de instituições que concedem financiamentos ou fazem investimentos nos negócios.
Por fim, o plano de negócios também pode ser feito depois que o estabelecimento já abriu, caso você tenha iniciado sem ele e perceba essa necessidade. Em qualquer momento, um novo plano de negócios pode ajudar você a observar as questões do seu empreendimento por outro ponto de vista, permitindo que você tome decisões melhores.
No fim das contas, um plano de negócios é importante por isso: porque permite tomar decisões melhores. Mas isso ficará ainda mais claro quando explicarmos o que precisa ter em um bom plano de negócios.
O que precisa ter em um plano de negócios?
Para começar, seu plano de negócios precisa ter um sumário executivo — mas, por incrível que pareça, esse é o último item que você irá realmente produzir. Afinal, ele é um resumo de tudo que as pessoas vão ler no documento a seguir: como será seu negócio, qual é seu diferencial no mercado, quais serão os produtos e serviços vendidos, quem são os clientes que você pretende atrair e qual a localização. Além disso, você deve incluir informações de investimento no negócio, a forma jurídica e enquadramento tributário.
Mas como explicamos, o sumário executivo é só a primeira parte do seu plano de negócios e você deve fazê-lo ao final. Além dele, há mais seis partes que mostramos a seguir.
1. Descrição da equipe de gestão
Você é o único empreendedor envolvido no negócio ou tem outros sócios com você? Seu plano de negócio precisa descrever bem essa estrutura e quais as funções de cada pessoa na sociedade. Você também precisa incluir um esboço do organograma da empresa, com as posições mais importantes e os currículos dessas funções.
2. Análise de cenário
Essa, talvez, seja a parte mais importante do plano de negócios, pois inclui as pesquisas necessárias para você estruturar seu negócio da melhor forma possível, para garantir seu sucesso num mercado cada vez mais competitivo.
Nessa etapa, você necessita de bastante informação, que pode ser coletada por meio de pesquisas primárias (direto na fonte, como em conversas com o público ou especialistas) ou secundárias (em livros, estudos de instituições sérias e veículos de mídia). A partir das informações encontradas nas pesquisas, você deve fazer análises de:
- Clientes: quem é o público que você pretende atingir, como ele se comporta e o que busca em um estabelecimento comercial como o seu?
- Segmento: como está o mercado no seu setor atualmente, quais são as tendências de mercado para esse setor e os desafios que ele está enfrentando?
- Concorrência: que outras empresas estão competindo nesse segmento ou podem competir pelos mesmos clientes, mesmo não sendo concorrentes diretos?
Além disso, é interessante fazer uma pesquisa de referências, buscando inspirações em outras empresas que você admira, mesmo que sejam de outros segmentos. Os acertos ou erros de outros empreendedores podem oferecer insights muito valiosos para seu plano de negócios.
3. Análise de fornecedores
Você vai abrir uma loja, restaurante, bar, adega ou qualquer outro tipo de comércio? Então você vai precisar de bons fornecedores, que possam lhe fornecer insumos de qualidade a um preço justo, com regularidade.
Por isso, a análise de fornecedores é outro item crucial de um plano de negócios: pesquise bem as alternativas, faça cotações e inclua esses dados no documento. A partir disso, fica mais fácil colocar o plano em prática, quando o comércio realmente for aberto.
4. Planejamento financeiro
Muitos negócios padecem, mesmo com boas ideias e um plano quase perfeito, por falhas na gestão financeira empresarial. Isso é compreensível, já que todos os negócios existem para ter lucro e nenhuma empresa continua de portas abertas sem dinheiro.
Então, busque calcular todos os custos e despesas do negócio de forma assertiva, faça as projeções de vendas e estime as margens de lucro do negócio. Assim, você também pode prever um ponto de equilíbrio, bem como o tempo necessário para alcançar um fluxo de caixa positivo. Isso é essencial para você não ter surpresas desagradáveis no médio prazo.
5. Plano de marketing
Como você pretende atrair clientes para seu estabelecimento? Muitos empreendedores falham ao se concentrar em outras partes do plano, que também são essenciais, enquanto se esquecem dessa. Um bom plano de negócio precisa de todas as frentes, em conjunto.
Dito isso, precisamos ter em mente que o marketing vai além da publicidade. Na verdade, ele é formado por quatro pilares:
- produto (o que você vai oferece ao público),
- preço (por quanto seus produtos serão vendidos e que valor oferecem ao público),
- praça (onde seus produtos serão oferecidos),
- promoção (aqui entra a parte de como eles serão oferecidos).
Pense bem nesses quatro pilares, para que eles conversem entre si. Em um exemplo bem simples, não adianta vender um produto refinado, com um preço alto, com uma estratégia de publicidade super popular, com anúncios em rádios “de massa”.
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6. Plano operacional
De que forma você vai agir para colocar todos os pontos acima em prática? Como tudo vai funcionar na hora em que você abrir sua empresa? Essa é a hora de pensar nos detalhes da operação, como sua capacidade produtiva, os recursos necessários, bem como normas regulatórias que você precisa respeitar (vigilância sanitária, por exemplo).
7. Plano de implantação
Por fim, você deve pensar em como tirar esse planejamento todo do papel, o que inclui um cronograma de ações, levantamento de riscos e oportunidades, uma lista de contratações necessárias. Caso seja necessário levantar capital, descreva como você pretende fazer isso.
Conclusão: como criar um plano de negócios, na prática
Nesse artigo, nós apresentamos uma visão resumida de como criar um plano de negócios: com os itens descritos acima, você terá uma visão muito mais completa e aprofundada de tudo que é necessário para colocar sua ideia de empreendimento em prática. Mas, como você pode imaginar por essa leitura, cada item inclui muitos detalhes, certo?
O ideal é que você faça seu plano de negócios com calma — é melhor demorar um pouco mais para abrir as portas, mas fazer isso de forma sólida, com um plano bem feito. Isso vai lhe poupar muitas dores de cabeça (e perdas de tempo) no futuro.
Por outro lado, você não precisa se pressionar para acertar em todos os aspectos. É muito comum ter imprevistos e descobrir que alguns aspectos do seu plano não funcionam da forma como você imaginava. Então, você pode fazer ajustes. Mas é claro que, quanto mais você se dedicar à etapa de planejamento, mais assertivo seu plano será.
Esperamos que esse artigo lhe ajude na criação do plano de negócios — e se você quer ler outros conteúdos que vão ajudar sua empresa a crescer, fique à vontade para navegar pelo blog da ConnectPlug.
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