Distribuição de lucros: como funciona e como fazer

Conheça estratégias eficazes para dividir da melhor forma os resultados financeiros da sua empresa e os benefícios dessa prática.

O lucro é o resultado final de qualquer operação de sucesso.

Ele é a busca de todos os empreendedores desde a concepção do negócio e saber como chegar até ele e dividi-lo garante a satisfação dos sócios e o melhor andamento do dia a dia operacional.

E você, entende bem sobre esse assunto?

Para te ajudar nesse sentido, preparamos esse conteúdo especial sobre distribuição de lucros, mostrando seu funcionamento e a maneira ideal de realizá-lo.

Vamos lá?

Caso deseje ir direto ao assunto, basta clicar no índice abaixo:

O que é lucro?

O lucro nada mais é do que o resultado positivo da diferença entre o que entrou na empresa, através da venda de produtos e serviços, e dos custos envolvidos na operação.

Seja com maquinário, equipamentos, contas de luz e internet e até mesmo com o pessoal.

É o lucro que garante a continuidade de um negócio.

E se o seu comércio ou prestação de serviços conta com um ou mais proprietários, é necessário saber fazer a correta distribuição dos lucros para que ninguém saia prejudicado e a empresa tenha saúde financeira.

Veja agora um pouco mais sobre o conceito de distribuição de lucros.

O que é distribuição de lucros?

Distribuir os lucros é basicamente dividir o lucro da empresa entre sócios e acionistas.

As empresas possuem tipos de sociedade diferentes e entendê-las faz parte da correta distribuição de lucros.

É importante destacarmos inclusive que o lucro só acontece quando existe saldo positivo em determinado período da operação.

Ele diverge do pró-labore que é pago mensalmente aos empreendedores que de fato administram o negócio independente do faturamento.

Ou seja, um negócio pode ter vários sócios e investidores que são as pessoas que apostaram na ideia e investiram dinheiro para seu funcionamento.

Porém, a distribuição dos lucros não ocorre com a separação em partes iguais do faturamento da empresa.

Cada um deles irá receber uma quantia equivalente a cota, ou seja a quantidade proporcional ao valor investido no negócio.

São essas cotas, que podem ser entendidas como frações da empresa, que irão definir direitos, obrigações e responsabilidades de cada sócio.

Veja o exemplo a seguir:

Três amigos abriram uma pizzaria. O valor total do investimento foi de R$90.000,00.

1. - O amigo A investiu R$20.000,00 no negócio.
  - O amigo B investiu R$30.000,00.
  - Já o amigo C investiu os demais R$40.000,00 do total do investimento.

A e B entraram apenas financeiramente com o negócio e o C além do valor financeiro que colocou na pizzaria, trabalha diariamente na administração do estabelecimento.

A possui 22,22% da empresa, B possui 33,33% e C 44,44%.

Ou seja, assim que houver a distribuição do faturamento de determinado período, cada um deles receberá proporcionalmente ao capital investido.

Mas você pode estar pensando, se o C além do investimento financeiro, trabalha no local, ele não deveria ganhar a mais?

A resposta é que a distribuição de lucros não contempla o chamado pró-labore que como destacamos acima é remuneração pelas atividades desempenhadas na administração do estabelecimento.

Esse valor é entendido como um custo operacional, uma obrigação do negócio, como pagamento pelo trabalho realizado pelo sócio C e não entra na distribuição de lucros.

Mas afinal de contas, como fazer a distribuição dos lucros?

Como fazer a distribuição de lucros?

Fazer a distribuição de lucros de um negócio, como você pôde perceber, não é difícil.

Basta organização e boa gestão financeira.

Idealmente, nem tudo que a empresa fatura em determinado período deve ser distribuído entre os sócios.

Isso porque a cultura do investimento na empresa deve ser constante e acordada entre todos.

Seja para melhorias estruturais e para a otimização dos produtos e serviços oferecidos, além de contratações e treinamento de pessoal.

Existe um cálculo simples para que você saiba distribuir os lucros do seu negócio de maneira prática e eficiente.

Confira:

Cálculo da distribuição de lucros

Duas fórmulas básicas podem lhe auxiliar, são elas:

1. 1. receitas – custos variáveis = lucro bruto
  2. lucro bruto – custos fixos = lucro líquido

Pegando o exemplo apresentado acima da pizzaria dos três amigos, podemos imaginar a seguinte situação:

Em um ano o negócio deles conseguiu R$240.000,00 de faturamento.

E de despensas variáveis, que são aquelas relacionadas à produção no período, como:

1. - Matérias-primas
  - Remunerações extras a colaboradores
  - Impostos sobre faturamento

O total foi de R$43.200,00.

Sendo assim, na fórmula para sabermos o lucro bruto (fórmula 1), teríamos o seguinte resultado:

R$240.000,00 (de faturamento, ou seja, de receitas) – R$43.200 (os custos variáveis totais) = R$196.800,00.

Os demais custos fixos como com aluguel, contas de luz, internet, água, material de escritório, etc, por exemplo, somaram o total de R$38.400,00 no ano.

Sendo assim o lucro líquido, será de:

R$196,800 (lucro bruto) – R$38.400,00 (custos fixos)

O Lucro Líquido será de = R$ 158.400,00

E quanto cada sócio da pizzaria ganhará de lucro nesse período?

Sabendo que cada um deles possui determinada parcela do capital social, o valor seria a porcentagem da cota X o valor do lucro líquido.

1. - Amigo A = 22,22% de R$ 158.400,00 = R$35.196,48
  - Amigo B = 33,33% de R$ 158.400,00 = R$ 52.794,72
  - Amigo C = 44,44% de R$ 158.400,00 = R$70.392,96

Esse seria o valor que cada um deles ganharia de lucro após 12 meses de operação da pizzaria.

Porém, como destacamos, é fundamental pensar na cultura de investimento e até mesmo na criação de uma reserva do negócio para que exista a sustentabilidade financeira do estabelecimento.

Esse valor é acordado segundo regras da distribuição de lucros no Contrato Social.

É importante também entender as necessidades e o momento atual da sua empresa com antes de distribuir os valores, essas informações podem ser retiradas no Balanço Patrimonial do negócio.

Outra informação é que a distribuição de lucros é livre do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) e da Contribuição Previdenciária (INSS) , pois os impostos já foram aplicados e considerados no cálculo do lucro bruto.

Viu só como a distribuição dos lucros é simples de entender e fazer?

O ideal é que conforme a empresa for crescendo e expandindo seus negócios e operações, ela conte com o auxílio de um contador para integrar todas as obrigações da empresa.

E essas informações podem ser integradas em um sistema de gestão organizado e eficiente como o nosso ERP.

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