Você sabia que existem diversos tipos de maquininhas de cartão — e que existem diferenças relevantes entre eles? Mais do que buscar as melhores taxas e condições, é essencial escolher a melhor maquininha de cartão para seu comércio pensando nas funcionalidades que ela oferece. Para isso, precisamos conhecer mais sobre esse tipo de aparelho. 

 

As maquininhas de cartão estão presentes no Brasil desde os anos 1960, mas começaram a ganhar popularidade nas últimas três décadas. Em especial na virada para os anos 2010, quando houve uma mudança na legislação e as maquininhas passaram a aceitar diversas bandeiras, esse equipamento se tornou muito mais acessível.

 

Com isso, houve um boom no setor — que, nos primeiros anos da década passada, ganhou o nome de “guerra das maquininhas”. Guerra entre os fornecedores, é claro, porque trouxe muitas vantagens para lojistas e empresários, que podiam negociar condições melhores.

 

Hoje em dia, as máquinas deixaram de ser exclusividade das grandes empresas e podem ser encontradas em todos os tipos de negócio. É possível adquirir uma mesmo sem CNPJ, ainda que com taxas maiores. A partir disso, também vemos uma evolução nos próprios equipamentos, com o surgimento de novos tipos de maquininhas de cartão.

 

A maioria das pessoas costuma reconhecer o equipamento pela empresa fornecedora — ou seja, o adquirente. Mas a verdade é que essa não é a melhor forma de analisar os tipos de maquininhas de cartão. 

 

Nesse sentido, podemos traçar um paralelo com os celulares e as operadoras de telefonia. Uma coisa é o adquirente — Cielo, Rede, GetNet, Stone, PagSeguro e outros — que é como a operadora de telefonia. Outra é o equipamento em si, que é como o celular. Desse modo, você ter um chip da Claro, TIM ou Vivo não muda o fato de que o celular é da marca Apple ou Samsung. É claro que muda os serviços aos quais você tem acesso e quanto paga por eles, mas não muda as funcionalidades do aparelho. 

 

É nesse sentido que precisamos compreender os tipos de maquininhas de cartão, além da questão das adquirentes. Afinal, isso determina as funcionalidades que você poderá usar no dia a dia. Sabendo disso, você pode analisar melhor as opções das adquirentes.

 

Maquininha de cartão, de PIX e de carteira digital

Outra reflexão que devemos fazer é sobre a utilidade da maquininha de cartão no contexto atual. Isso porque os meios de pagamento eletrônicos são cada vez mais presentes no dia a dia do brasileiro — não apenas com os cartões, mas também de outras formas. 

 

É o caso do PIX, que já se tornou o meio de pagamento preferido dos brasileiros. Em 2022, foram 24 bilhões de transações por esse meio, movimentando 10,9 trilhões de reais. Isso é mais do que os cartões de crédito (18,2 bilhões de transações) ou os cartões de débito (15,6 bilhões de transações). Claro que muitos desses PIX são feitos pelos aplicativos de bancos e de pessoa para pessoa, mas muitos são pagamentos por produtos/serviços no comércio.

 

Pensando nisso, diversos adquirentes estão incluindo funções de PIX na maquininha nos seus equipamentos. Para o comerciante, isso facilita o processo e o torna mais seguro, já que não é necessário digitar valores e informações manualmente no aplicativo do banco: o próprio sistema cria um QR Code dinâmico, com todos os dados da transação. 

 

Mas além do débito, crédito e PIX, as maquininhas de cartão tem outra utilidade hoje em dia: trabalhar com carteiras digitais. Há vários aplicativos onde as pessoas podem deixar seu dinheiro e salvar seus cartões digitais, pagando tudo só com o celular. Samsung Pay, Apple Pay, Google Pay, além de serviços como o PicPay.

 

Por fim, também é importante mencionar os vales-refeição e alimentação e os cartões de benefícios, oferecidos pelas empresas a seus colaboradores. Atualmente, existem alguns que funcionam como um cartão de crédito comum (como Caju e Flash), além de vales no modelo tradicional, aceitos apenas em restaurantes e mercados credenciados.

 

Dito isso, para escolher qual dos tipos de maquininha de cartão você pretende ter no seu comércio, você também deve analisar quais meios de pagamento precisa aceitar entre os que mencionamos aqui.

 

Os 5 principais tipos de maquininha de cartão

Como você pode observar, escolher entre um dos tipos de maquininhas de cartão vai além das adquirentes e das taxas oferecidas em cada uma delas. Isso é importante, é claro, mas não é tudo. Entendendo isso, podemos listar os principais tipos para você conhecê-los.

 

Mas, antes da lista, precisamos abrir um parêntese: não existe uma divisão “oficial” e você pode encontrar várias formas de se referir a cada um dos tipos de maquininhas de cartão. O que importa é você compreender o contexto geral para fazer sua escolha.

 

1. Mini-POS sem chip

Começamos pelo tipo de maquininha mais acessível, que são os Mini-POS sem chip. Aliás, POS é uma sigla em inglês para ponto de venda. 

 

Essas máquinas são bem pequenas — por isso, também são conhecidas como minizinha — e têm poucas funções. Elas têm uma telinha pequena, que serve apenas para visualizar o valor da compra, e precisam do celular por perto para processar o pagamento ou emitir comprovantes, já que não possuem chip 4G.

 

2. Mini-POS com chip

A principal diferença desse tipo para o anterior é que ele possui o chip 4G, que permite o funcionamento independente do celular. Alguns dos Mini-POS mais modernos, embora ainda sejam bem pequenos, já têm uma tela um pouco maior, com funções adicionais. As telas maiores são indispensáveis para mostrar o QR Code do PIX, por exemplo. 

 

Dito isso, esses dois tipos de maquininhas de cartão são bastante limitados, indicados apenas para quem não tem um volume grande de vendas, que justifique o investimento nos modelos mais caros.

 

3. POS tradicional

Em seguida, temos o tipo mais conhecido, que são as maquininhas de cartão maiores, já com impressora térmica para emissão de comprovantes. Essas máquinas são um pouco mais caras, mas compensam pelas funcionalidades extras: além de emitir comprovantes, elas também facilitam fazer estornos, visualizar valores, transações anteriores e etc.

 

Dentro desse tipo, você pode encontrar alguns “sub-tipos”. Há equipamentos com chip 4G, para quem faz vendas na rua ou delivery, e os equipamentos que se conectam por USB ou bluetooth ao computador — indicadas para quem possui um sistema de gestão ERP.

 

4. Smart POS

Assim como os celulares se transformaram nos smartphones, os POS também possuem sua versão smart. Com um smart POS, você pode instalar aplicativos de gestão e diversas outras funções na própria maquininha de cartão. 

 

Além de serem mais bonitas e modernas, com tela touch, as máquinas do tipo smart POS permitem fazer muito mais do que pagamentos. Você pode incluir informações de todos os seus produtos na maquininha e processar as vendas totalmente por ela, por exemplo. 

maquininha cartão - POS

5. Pinpad (TEF)

O sistema TEF — sigla para transferência eletrônica de fundos — é uma outra maneira de trabalhar com vendas no cartão. Se você quer saber mais sobre o assunto, recomendamos a leitura deste outro artigo.

 

Esse sistema trabalha com um tipo de maquininhas de cartão diferente: o pinpad. Nele, o operador de caixa não digita os valores direto na maquininha: as informações já vêm do sistema no computador. Isso é mais prático e seguro para ambas as partes.

 

Como escolher o tipo de maquininha ideal?

Para concluir, temos algumas dicas para você escolher qual desses tipos de maquininhas de cartão é o mais indicado para seu comércio. Analise fatores como:

  • O perfil do seu negócio;
  • Os custos e taxas para cada maquininha;
  • A infraestrutura necessária;
  • Onde, quando e por quem as maquininhas serão usadas;
  • As funcionalidades que você precisa.

 

De modo geral, se você trabalha com autoatendimento ou com frentes de caixa fixas, um pinpad com funcionalidade TEF costuma ser mais indicado, pela questão de praticidade e segurança que mencionamos anteriormente. 

 

Agora, se você costuma levar maquininhas de cartão na mesa ou para clientes de delivery, o pinpad se torna impraticável. Logo, o POS tradicional pode se tornar mais interessante, por seu custo-benefício. Em situações específicas, pode valer a pena investir nos smart POS — especialmente se você utiliza os aplicativos disponíveis nesse sistema ou precisa impressionar seus clientes com um equipamento mais moderno.

 

Para quem deseja economizar nas maquininhas de cartão, seja por restrições financeiras ou por precisar de muitas maquininhas, os mini-POS também são opções válidas. No fim das contas, ela cumpre a função principal, que é processar compras. 

 

Porém, independente de qual tipo de maquininha você escolher, nós recomendamos que você a utilize junto a um sistema de gestão ERP — que vai auxiliar na gestão financeira, na gestão de estoque e em todos os outros processos administrativos do seu negócio. Se você quer saber mais sobre esse tipo de sistema, leia outros artigos sobre o assunto no blog da ConnectPlug.

 

Veja também o nosso guia completo de como atender bem clientes: 16 maneiras de ir além do “volte sempre”:

 

 

 

Posts Recomendados

Nenhum Comentário ainda! Seja o(a) Primeiro(a) a Comentar!!!


Adicionar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *