Muitos empreendedores têm dificuldade para entender a diferença entre fluxo de caixa e capital de giro. Apesar de distintos, ambos são essenciais para o sucesso do seu negócio!
Economiquês, uma das línguas mais difíceis do mundo! Apesar disso, é essencial que todo empreendedor a conheça em profundidade, de modo a se habituar às rotinas de gestão de seu negócio.
Alguns termos deste idioma misterioso são muito semelhantes e geram uma bela de uma confusão – fora a dor de cabeça. Esta falta de naturalidade é capaz de colocar qualquer negócio em riso!
Como nossa proposta é fazer com que as pequenas empresas decolem, facilitamos sua vida – e seu trabalho como gestor – esclarecendo as diferenças entre dois conceitos muito importantes e que costumam dar nó na cabeça dos empresários: a diferença entre fluxo de caixa e capital de giro. Deixe a aspirina de lado e vem com a gente!
Clique para ir direto ao assunto que te interessa:
- O que é fluxo de caixa?
- E o tal do fluxo de caixa descontado?
- O que é capital de giro?
- Qual é a diferença entre fluxo de caixa e capital de giro, afinal?
O que é fluxo de caixa?
O fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão. É, nada mais nada menos, que o acompanhamento das quantias de dinheiro que entram e saem da empresa. Contudo, há um detalhe a mais: a data das transações.
Mas ué, isso faz diferença? Se meu cliente gasta R$100 eu recebo R$100… Certo?
Não exatamente! Digamos que seu cliente pague em dinheiro. Neste caso, você tem a quantia 100% disponível no momento do pagamento. Ótimo!
Agora, se ele resolver passar no crédito – mesmo que a compra seja à vista – o dinheiro vai entrar de uma só vez, mas vai demorar alguns dias, conforme as normas da operadora. Além disso, há a cobrança da taxa de uso da máquina.
Se o cliente parcelar, há mais uma variável em jogo: seus R$100, menos a taxa de uso da máquina, se transformarão naquelas suaves parcelinhas que a gente ama na hora de comprar. Só que, quando você está do outro lado do balcão, há o efeito contrário: você receberá o pagamento em parcelas.
Viu só como é importante manter um controle não apenas de quanto dinheiro entra e sai, mas de quando isso acontece? Do contrário, você corre o risco de ter excelentes vendas, mas estar no vermelho no dia de pagar o aluguel, por exemplo.
Lembramos que micro e pequenos empresários devem ter ainda mais cuidado com as finanças da empresa, já que tais estabelecimentos tendem a ter um orçamento mais delicado quando se trata de variações bruscas! O cuidado tem que ser redobrado: vale a pena investir em um sistema de gestão ERP.
E o tal do fluxo de caixa descontado?
Pode ser que você já tenha ouvido falar nele, mas não faça a mínima ideia de o que é nem para que serve. Trata-se de um conceito recorrente no universo das start ups, onde há uma verdadeira corrida por investidores.
O fluxo de caixa descontado é um modo de calcular o valor exato do negócio em um dado momento, fazendo uma projeção do futuro financeiro da empresa. Ele demanda as seguintes informações:
1. Cálculo de quanto a empresa vale;
2. Cálculo do valor residual dos bens (quanto eles valerão quando deixarem de ser úteis para a empresa);
3. Taxa de desconto determinada;
4. Estimativa de fluxo de caixa.
Por meio delas, você projeta o fluxo de caixa futuro da empresa e corrige a cifra para valores atuais usando artifícios como cálculo de risco, juros, etc.
Mas, quando você vai usar isso? É bem provável que, se um investidor se interessar em fazer uma injeção de recursos no seu negócio, ele peça para ver o fluxo de caixa descontado. É uma ferramenta para que ele estime o retorno que a aplicação trará em alguns anos.
O que é capital de giro?
Esta é outra forma de olhar os recursos do negócio. A diferença entre fluxo de caixa e capital de giro é a perspectiva usada para realizar esta análise.
Ele é o cálculo do valor necessário para manter a empresa funcionando, ou, como o próprio nome diz, girando. Para descobrir quanto dinheiro você tem disponível, todos os ativos com liquidez devem entrar na conta. Em outras palavras: tudo o que pode ser transformado em capital de forma rápida. Dinheiro em caixa, produtos no estoque e aplicações financeiras são exemplos.
Novamente, como o próprio nome diz, é um capital que não fica parado: está em movimento constante, seja para pagar funcionários e fornecedores ou como uma conta a receber de um cliente.
Fazer o cálculo deste valor do jeito certo é muito importante para a saúde financeira e, consequentemente, o sucesso do negócio. É lógico que você precisa saber exatamente de quanto dinheiro precisa para manter o negócio funcionando, não é?
Felizmente, a fórmula é simples:
Capital de Giro = ativo circulante – passivo circulante
A falta de dinheiro é ruim por motivos óbvios: não honrar pagamentos acarreta em juros, que se transformam rapidamente em uma bola de neve. Fora o dano à reputação da sua empresa, tão difícil de desfazer!
Surpreendentemente, dinheiro demais também é prejudicial. Um capital de giro alto significa um alto custo de operação, o que pode comprometer as finanças do negócio em caso de perda de clientes ou uma diminuição repentina nos pedidos.
Lembre-se: o descuido com o capital de giro é a principal razão do encerramento de muitas empresas. Nunca o negligencie! Você com certeza não quer ter que recorrer a longos e custosos empréstimos para honrar seus compromissos, nem ficar com dinheiro parado.
Qual é a diferença entre fluxo de caixa e capital de giro, afinal?
O fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão que ajuda a manter as finanças do negócio sempre no azul: além de te permitir saber quanto dinheiro entra e sai, ela te permite saber quando isso vai acontecer, de modo a equilibrar as datas de cumprimento das obrigações.
Já o capital de giro é a quantidade mínima de dinheiro que você precisa para manter as operações e honrar todos os custos disso. Tudo aquilo que tem liquidez e pode ser transformado em capital de forma rápida entra na conta. Seu contador sempre pode te ajudar com isso!
Veja também o nosso guia completo de Gestão Financeira:
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