falencia e empresas

A maior parte dos processos de falência de empresas trata de empreendimentos de pequeno porte. Empresários podem evitar o colapso com medidas simples.

Mesmo com todas as dificuldades, o brasileiro é extremamente empreendedor. No primeiro trimestre de 2017, as cifras de novos negócios bateram um novo record: só em janeiro, mais de 200 mil novas empresas abriram as portas. É o maior número desde janeiro de 2010, além de 16,6% maior que o mesmo período do ano anterior. O acumulado do trimestre passou de 500 mil!

Por outro lado, as estatísticas mostram que esses estabelecimentos têm apenas uma chance a cada 5 de sobreviver aos primeiros dois anos de atividade, número inferior ao de uma série de países. Afinal, o que está por trás desta taxa de falência de empresas logo no início de sua vida?

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Quais são os principais motivos da falência de empresas pequenas no Brasil?

 

 

O descontrole financeiro, é, sem dúvida, a principal sentença de morte dos pequenos negócios. Como o empreendedorismo no Brasil ainda é majoritariamente por necessidade, muitas pessoas caem de paraquedas nesse universo, sem experiência e sem noção de que suas práticas são fatais para o sucesso do empreendimento.

Entretanto, as contas desequilibradas são a consequência de uma série de decisões mal tomadas e caminhos mal traçados. Preparamos este guia, com 9 motivos que prejudicam as finanças e podem provocar a falência e empresas pequenas, para que você não erre mais. Confira!

1. Falta de planejamento e conhecimento de mercado

O empreendedorismo no Brasil ainda é, majoritariamente, o chamado empreendedorismo de necessidade. São pessoas que, sem oportunidades no mercado de trabalho, arregaçam as mangas para criar a própria fonte de sustento. Por isso, costumam empreender com urgência, com pouco planejamento e muita sede ao pote.

Esse é o início do fim. O caminho à falência de pequenas empresas começa com um negócio mal estruturado, sem planejamento estratégico, previsão de demanda ou em um mercado saturado.

Portanto, por mais urgente que seja a sua situação financeira, dê um passo para trás e observe o cenário a partir de uma perspectiva macro. Há demanda para seu produto/serviço? A concorrência é muito forte? Sua ideia pode dar lucro? Responda a essas perguntas com franqueza e não tenha medo de buscar outros caminhos!

2. Criar um negócio fortemente dependente de um único fator

Você lembra das câmeras fotográficas analógicas? Antes das digitais, elas eram o único meio disponível para registrar ocasiões especiais.

Muitos negócios surfaram na crista dessa onda. Uma delas foi a empresa americana Kodak, que fabricava câmeras e filme para elas. O filme era a principal fonte de receita do negócio, afinal, precisava ser recomprado sempre. Já a câmera durava mais tempo.

Muito dependente de um único produto, a corporação sofreu um golpe severo com o nascimento das câmeras digitais. Resultado: em 2012, com um rombo bilionário, a empresa pediu recuperação judicial e quase virou estatística de falência de empresas. Apesar de seguir na ativa, opera com prejuízo.

Moral da história? Criar um negócio fortemente dependente de um único fator (seja um produto, uma tendência ou uma necessidade) é um risco muito alto. Um novo produto ou uma mudança no cenário econômico podem derrubar seu negócio – principalmente se ele for pequeno e mais sensível a mudanças externas.

3. Se empolgar demais quando as coisas vão bem

 

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É melhor manter o quadro de funcionários enxuto e os custos baixos no início da vida do negócio.

 

Nada como ver o fluxo de caixa no verde! A maior alegria do pequeno empresário é ver as coisas indo de vento em popa, as vendas aumentando e novos clientes chegando.

Surpreendentemente, o caminho até a falência de empresas, muitas vezes, começa aqui.

O que acontece? Os sócios se animam demais. Fazem investimentos faraônicos, dobram o quadro de funcionários e se dão um generoso aumento de pró-labore.

O que há de errado com isso? Simples: expandir é uma decisão crítica. Ela só deve ser tomada quando o crescimento for comprovadamente sustentável, repetindo-se por períodos contínuos.

Ou seja: por mais que ver o negócio dar lucro seja animador, segure-se! O momento de crescer e prosperar vai chegar, mas pode não ser agora.

4. Não contar com uma reserva para cobrir despesas

Nós já falamos um pouco a respeito da importância do capital de giro. Aproveitamos para reforçá-la aqui: seu negócio não vai dar lucro logo de cara. Assim, você deve contar com uma reserva financeira tanto para o negócio quanto para as despesas pessoas – separadas, obviamente.

Do contrário, sua empresa já começará a funcionar acumulando dívidas. Em um pequeno negócio, que trabalha com um orçamento mais apertado, isso pode ser fatal.

5. Deixar os impostos para lá

Micro e pequenos empresários geralmente são enquadrados no Simples Nacional. Casos específicos, com faturamento diferenciado, se encaixam em um regime ainda mais específico, conhecido como Super Simples.

Um de seus benefícios são as alíquotas especiais de impostos, mais baixas que para empresas maiores. Essa política é estratégica, de modo a facilitar a vida dos pequenos empresários aliviando a carga tributária.

Só que, na hora de pagar as contas, o empresário tende a começar pelas maiores. Afinal, com juros e multa, os atrasos podem fazê-las sair bem mais cara.

Acontece que, de grão em grão, a galinha enche o papo. Com o tempo, os impostos atrasados, por mais que não pareçam tão caros, vão voltar para te assombrar!

Apesar de as dívidas tributárias não serem um motivo frequente de falência de empresas, o acúmulo delas pode impactar seriamente o orçamento de um pequeno negócio – fora a possibilidade de ser pego por sonegação fiscal e ter que pagar uma bela multa à Receita.

Portanto, conte sempre com um contador de confiança para te ajudar no cálculo dos tributos devidos. Pague tudo sempre em dia: fazer tudo nos conformes é sempre muito melhor.

6. Ver o crédito como única ou primeira opção

 

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Estude todas as suas possibilidades antes de recorrer a empréstimos

 

Quando a situação financeira aperta, é muito tentador tirar um empréstimo com um banco. Como muitos negócios optam por isso quanto estão à beira do colapso, é muito comum que a impossibilidade de pagá-lo leve à falência de empresas.

Em alguns casos, essa é, de fato, a melhor solução para um momento de dificuldade. Contudo, o empréstimo acarreta em um compromisso financeiro de longo prazo, bem como a incidência de juros, que aumentam proporcionalmente à medida que a garantia oferecida por quem toma o empréstimo diminui.

Portanto, antes de recorrer a seu banco, analise a possibilidade de cortar gastos ou fazer reajustes no preço cobrado de clientes por seus produtos ou serviços. O futuro financeiro do seu negócio agradece!

Se a necessidade de empréstimo for intransponível, ofereça a maior garantia possível, dentro das suas possibilidades. Isso pode derrubar as taxas de juros do pagamento.

7. Misturar o capital pessoal ao empresarial

A confusão de recursos é uma razão comum de falência de empresas pequenas e familiares. O problema começa quando você começa a usar a conta de pessoa jurídica para pagar o boleto da escola dos filhos, o cartão corporativo para pagar o mercado, a caixinha do negócio para abastecer o carro…

Fixe esta regra de ouro da gestão de empresas: o dinheiro do negócio deve ser aplicado nele – e só nele! Seus compromissos pessoais devem ser honrados com recursos próprios.

Portanto, estabeleça um pró-labore para você e para os seus sócios em contrato. Retirem apenas o que foi pactado, na época acordada.

Caso sobre dinheiro, reinvista! Com o tempo, se o negócio prosperar, nada impede que você aumente o valor que cabe aos proprietários.

8. Não investir em divulgação

A propaganda é a alma do negócio. É clichê, mas é verdade — principalmente em pequenas empresas. A falência de empresas pode ser facilmente evitada se a empresa conquistar e fidelizar clientes!

Pense com a gente: você é desconhecido em um mercado onde, muitas vezes, compete com empresas grandes, consolidadas e famosas. Vender-se é questão de sobrevivência!

Contudo, não tente se comparar às empresas maiores. Ao invés disso, apresente as vantagens que você tem em relação a elas! Negócios menores geralmente podem exigir preços menores por produtos/serviços e dar uma atenção mais personalizada ao cliente que empresas maiores, por exemplo.

Porém, conquistar clientes não é suficiente: você deve se esforçar para mantê-los! Invista em ações de fidelização. Por exemplo: se você tem um restaurante, a cada 10 refeições, o cliente pode ganhar uma de graça. Essas pequenas ações fazem uma grande diferença!

9. Ter uma marca desconhecida pelo mercado

 

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Não chova no molhado! É essencial que o negócio tenha algo de diferente para que faça sucesso.

 

Todos os mercados são, hoje, concorridos. Entretanto, há alguns que estão absolutamente saturados. Destes, você deve fugir!

Agora, caso haja oportunidade, estabelecer uma nova marca é difícil, porém, não é impossível. Todas as grandes começaram de algum lugar!

Portanto, crie sua marca de forma estratégica. Explore nichos e descubra brechas que seus concorrentes possam estar deixando em aberto. Isso você nota com uma extensa pesquisa de mercado.

Não chova no molhado: um dos motivos da falência de empresas é a abertura de negócios que não têm proposta diferenciada, que apenas copiam a concorrência. Não caia nessa!

 


Hoje, você aprendeu sobre os motivos que levam à falência de pequenas empresas e como solucioná-los. Continue nos acompanhando para receber mais conteúdo de qualidade sobre o mundo do empreendedorismo! Em caso de dúvida, fale com a gente pelo contato@cplug.com.br. 😉

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