Entenda como a tecnologia pode facilitar a proteção de dados pessoais e garantir conformidade com a lei.

Entre 2021 e 2023, houve um aumento significativo das ações das empresas para se adequarem à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Esse crescimento se refletiu tanto no número de empresas que precisaram alterar contratos para fins de adequação – de 28% para 35% – quanto na quantidade de firmas que elaboraram planos de conformidade ou adequação à proteção de dados pessoais, de 24% para 32%. 

Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e destacam a preocupação em estar em conformidade com a LGPD, em vigor desde 2020, que estabelece diretrizes rigorosas sobre como as empresas devem coletar, armazenar e utilizar dados pessoais.  Para muitas organizações, o desafio não é apenas compreender suas exigências, mas saber como implantar um programa de proteção de dados eficiente. Pensando nisso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) recomenda o uso de ferramentas tecnológicas que facilitem esse processo.

Uma ferramenta para modelagem de dados, por exemplo, auxilia a empresa a criar uma estrutura organizada para o fluxo de dados através da diagramação, facilitando a identificação de onde e como eles são manipulados. Dessa forma, é possível visualizar com maior clareza como eles fluem dentro de seus sistemas, proporcionando maior segurança no tratamento dessas informações. Além de facilitar o mapeamento, esses sistemas ajudam a garantir que as empresas implementem práticas adequadas de segurança e privacidade. Com um modelo bem estruturado, é possível estabelecer protocolos de acesso, controle e auditoria, aumentando a proteção contra vazamentos de informações.

Softwares e antivírus também são tecnologias destacadas pelo Sebrae para garantir a segurança dos dados. Eles são a providência inicial para evitar a entrada de invasores de sistemas. No entanto, também é preciso adotar protocolos de proteção, como a atualização de senhas periodicamente e a implementação de autenticação em duas etapas, que acrescentam camadas extras de segurança.

Até 2030, o consumo de dados será 20 vezes maior do que hoje, segundo relatório da McKinsey & Company. Em um cenário onde as empresas estão coletando dados de diversas fontes, como redes sociais, dispositivos IoT (internet das coisas) e transações financeiras, o uso de tecnologias como o big data pode ajudar a gerenciar grandes volumes de informação em tempo real. Além disso, os desenvolvedores de sistemas podem ainda usar a inteligência artificial (IA) para identificar padrões de comportamento suspeitos, prever possíveis ameaças e automatizar processos de detecção e resposta a incidentes.

 

 

Backups e criptografia ajudam a garantir segurança da LGPD

Fazer backups dos dados da empresa, considerando firmwares, softwares e configurações de hardware, também está entre as principais práticas para garantir a integridade dos dados, conforme indica o Sebrae.

Além disso, ter cópias de segurança armazenadas em locais seguros, tanto em nuvem quanto em dispositivos físicos separados, garante que a empresa possa se recuperar rapidamente de incidentes como falhas ou ataques cibernéticos. 

Outra medida de segurança digital para garantir a proteção de dados é a criptografia. A partir dela, é possível resguardar dados sensíveis com a codificação das informações, de modo que apenas a pessoa ou a empresa autorizada possam acessá-las.

De acordo com a Serasa, utilizamos os serviços da criptografia diariamente, mesmo sem perceber. Ela está presente no caixa eletrônico na hora de sacar ou depositar dinheiro, na loja virtual, no notebook, nos aplicativos de troca de mensagens e nas assinaturas digitais de documentos virtuais.

 

Empresas devem garantir treinamento de funcionários 

De acordo com o Sebrae, é imprescindível que todas as pessoas que trabalham em uma empresa conheçam integralmente as regras estabelecidas na LGPD, especialmente quem lida diretamente com dados pessoais, internos ou externos.

É preciso reunir todas as fontes de dados que a organização tem (clientes, colaboradores e fornecedores), verificar onde estão armazenados, investigar eventuais falhas no processo de tratamento e levantar todos os riscos de possíveis tratamentos. Em todos os processos, a equipe deve estar engajada e comprometida.

Para isso, uma das orientações do Sebrae é verificar até mesmo a possibilidade de gravar pílulas de conteúdo em vídeo com as recomendações principais. Esse material pode ser disponibilizado em plataformas da empresa como um jeito fácil de acesso às orientações.

 

Este texto foi desenvolvido pela Experta.

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